terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

O REFLEXO no espelho - PARTE II

A causa ambiental

Minha vida não daria um livro. Um conto, talvez... A idade de escrever autobiografia ainda não chegou. Paira, neste instante, a menina Bruna diante do espelho para revelar a ela mesma os seus mais remotos sonhos e utopias.

Faz dois anos. Minha vida ganhou ar de gente grande quando passei no vestibular. Ganhou ar de estudante quando pisei na sala de aula do Professor Roger, lá no primeiro semestre do Curso Superior de Tecnologia em Meio Ambiente. Ganhou ar de ativista quando percebi que poderia ser útil ao meio ambiente não só na minha futura profissão, mas também no dia-a-dia. Tem gente que reclama de alguns dos meus hábitos, mas eu não me importo. Aprendi o quanto é importante para a natureza demorar menos no banho, lavar a louça abrindo a torneira só para enxaguar, usar a folha de ofício dos dois lados, não comprar supérfluos, explicar para as pessoas que é preciso cuidar dos rios, não jogar lixo no chão, engarrafar e doar o óleo de cozinha que já foi usado. Acho que peguei o ritmo. Talvez até vício, pois tem horas que sou um tanto radical. Não falo só no fato de ter me tornado lactovegetariana e comer carne só se me enfiarem “goela a baixo”, mas como trato algumas imbecilidades que o ser humano pratica contra a natureza e contra ele mesmo. Talvez seja porque entendi de fato a dinâmica do meio ambiente. É como uma continha de matemática, se você trocar um sinalzinho o resultado acaba sendo errôneo no final. Na natureza é mais ou menos assim que acontece: se uma determinada espécie, mesmo que seja apenas um tipo de gramínea, desaparece do seu habitat, a cadeia alimentar do ecossistema se altera e pode gerar grande confusão para todo mundo.

Não admito que a crise ambiental se resuma a fenômenos climáticos extremos. Tem gente apoiando a guerra no Iraque e o custo que isso gera! Sem contar os famintos da África, que teve seus recursos naturais dizimados pelo imperialismo; os trabalhadores em regime de escravidão da China e a monocultura de espécies exóticas, que explora solos férteis e acaba com a diversidade! Tudo isso também é desequilíbrio e continuará sendo até que a última pessoa em sofrimento seja socorrida...

Com certeza não será eu quem resolverá tudo isso, mas a união de todos nós. Piegas? Não... Apenas repetição do ovo de Colombo que um dia algum humanista pensou, contudo certamente um caminho para manter a vida das futuras gerações, que nos guardarão com carinho por termos feito por elas o que seria impossível a nós: um planeta eterno.

2 comentários:

Antônio Dutra Jr. disse...

Antes que eu me esqueça: bela foto! =)

Bom, ainda não cheguei nesse nível de consciência ecológica (confesso que tenho sérios problemas com desperdício de água no banho), mas já pratico algumas ações que podem ajudar a natureza, como fechar a torneira ao escovar os dentes, separar o lixo e permanecer vigilante com lâmpadas acesas desnecessariamente dentro de casa.
Já a carne é algo que não vou conseguir abandonar, por mais que queira. É mais forte do que eu.

Admiro demais tudo o que tu escreve e a maneira responsável como encara as coisas. É por causa de discursos como o teu que ainda é permitido sonhar com uma sociedade melhor, liderada por cabeças pensantes, que lembram do próximo e fazem algo de concreto para mudar. Muito bom mesmo, guria!

Beijão!

Camila disse...

Adorei os dois textos, e nem sei e faço as pessoas pensarem sobre meio ambiente, é algo que tenho desde pequena pensar nele mas nao sou radical, pq tento entender que pode existir um processo de sustentabilidade e isso por si so ja nao eh de tdo radicalismo.. mas acho mto bom ter atitudes firmes para com a questao do ambiente, reciclar, cuidar, nao comprar produtos q tem mais embalagem que conteudo e tudo mais.

bjaooo