quarta-feira, 17 de outubro de 2007

E todo mundo diz que ele completa ela e vice-versa...

Amor. Está se devendo muito a esse sentimento ultimamente. Falo não porque talvez a humanidade já não saiba mais ou tenha até perdido a capacidade de amar, mas sim pelo fato de que eu, como ser humano, tenho a necessidade natural de me igualar aos meus semelhantes e, portanto, compreenda os meus problemas como problemas que pertencem também a minha sociedade, ou àquela que eu acredito estar inserida.

Há várias manifestações do amor por aí. Porém não existe ainda uma definição sobre o que realmente ele representa para quem o sente. Não existem fórmulas para se saber exatamente quando e como o sentimos, porque o amor é um sentimento amorfo. Você pode considerar um abraço como uma forma de amor. Outros pensam que o sexo é a sua manifestação máxima. Mas ninguém sabe descrevê-lo enquanto sentimento.

Deve-se muito ao amor, pois hoje se abandonam mentes na escuridão das sensações e se delimita o uso da emoção quando se fala em perceber e admitir o que se sente. Somos alma, mas não sabemos reconhecer a pureza deste sentimento e temos medo de mergulhar, de se envolver, por medo de perder justamente essa pureza que nos levou a amar.

Não sei dizer se já amei. O amor é muito mais do que a nossa vã filosofia pode crer que exista entre o céu e a Terra. Mas posso aceitar que já cuidei de muita gente, que já percebi o quanto eram importantes para mim. O amor é fogo que arde sem se ver. Posso aceitar que já quis ter para mim alguém que pertencia ao mundo, assim como eu. E quem um dia irá dizer que existe razão nas coisas feitas pelo coração?

Hoje, eu guardo afeição pelas coisas que faço, pelos lugares que freqüento e pelas pessoas com as quais convivo. Eu amo a maioria do meu tempo e espero ser amada por todos aqueles que convivem comigo. Como o amor não possui definição, simplesmente amo. Mas há uma pessoa. Uma pessoa que povoa meus pensamentos. Uma pessoa que eu cuido como se estivesse o tempo todo do meu lado. E, por tudo isso, a tenho como alguém diferente desse amor que eu sinto pela minha vida. É como se fosse a minha segunda vida. É como se eu a quisesse proteger não pela sua fragilidade, mas pela minha. É como se eu pudesse enfrentar todos os meus desafios com mais facilidade, se essa pessoa estivesse comigo. Todos os dias quando acordo, não tenho mais o tempo que passou, mas tenho muito tempo: temos todo o tempo do mundo. É como se tivéssemos todo tempo do mundo em nossas mãos.

E é só você que tem a cura do meu vício de insistir nessa saudade que eu sinto de tudo que eu ainda não vi... Ainda não entendo os porquês da vida. Ainda não tenho as respostas. Não estou certa disso tudo que acontece dentro de mim, porém estou percebendo que, mais do que beijos, mais do que abraços, a humanidade precisa de compreensão, precisa de afeto, precisa sentir-se amparada e incluída, precisa encontrar a sua plenitude não na independência e no individualismo, mas sim no encontro verdadeiro entre o comum. A humanidade precisa libertar-se para então se prender em suas virtudes.

Sei que faço isso para esquecer, eu deixo a onda me acertar e o vento vai levando tudo embora. Não quero ser como o vento. Não quero deixar meus melhores momentos se dissolverem através do tempo. A humanidade precisa de alguém que lhe explique sobre a terra, a água e o ar. Não quero lembranças para ter de esquecer depois. A humanidade precisa ensinar alguém sobre teatro, natação e fotografia. A humanidade precisa não só se completar, mas também aprender a amar, a olhar para o outro ao invés de permanecer estudando os cadarços do tênis novo.

Até bem pouco tempo atrás poderíamos mudar o mundo e o nosso mundo. Quem roubou nossa coragem? Não vá embora. Fique um pouco mais. Ninguém sabe fazer o que você me faz.

3 comentários:

Anônimo disse...

Gostei bastante do texto e me solidarizo com as suas indagações acerca do Amor e do mundo.
As citações foram de extremo bom gosto, sem dúvida.

"Ainda não entendo os porquês da vida. Ainda não tenho as respostas."

Espero que você nunca encontre o porque da vida ou a razão que movimenta todas as coisas e que nunca tenha todas as respostas. E se um dia achar que encontrou algo harmônico e certo no meio desse caos que vivemos, que essa resposta dê a luz a uma nova pergunta... Sejamos aqueles que tem a cabeça com idéias sempre em ebulição, nunca congeleda em pensamentos dogmáticos, sejamos fotes para suportar a dúvida.

beijos, O blog está ótimo!!

Anônimo disse...

oi bruna eu prefiro muito mais você falando de sentimentos do que meio ambiente, sera que é porque meio ambiente eh nosso dia a dia e o amor é onde podemos nos resguardar das coisas ruins da vida, e fugir da monotonia, nao sei ao certo, so sei que seu texto ficou otimo.bjaooo

Roni disse...

Oi prima amada, adorada, admirada..., bom sei q vc faz essas coisas exatamente como devem ser feitas, e as quais devemos pegar de exemplo para o conviver social, e atualmente pude até m espelhar em algo q aconteceu com aqle carinha q amou alguém em especial e revelou-se um amante de todos e de tudo o que o cerca. é isso uma ótima descrição de como é fácil amar e preservar a energia que nos cerca, esse universo... .