A causa ambiental
Minha vida não daria um livro. Um conto, talvez... A idade de escrever autobiografia ainda não chegou. Paira, neste instante, a menina Bruna diante do espelho para revelar a ela mesma os seus mais remotos sonhos e utopias.
Faz dois anos. Minha vida ganhou ar de gente grande quando passei no vestibular. Ganhou ar de estudante quando pisei na sala de aula do Professor Roger, lá no primeiro semestre do Curso Superior de Tecnologia em Meio Ambiente. Ganhou ar de ativista quando percebi que poderia ser útil ao meio ambiente não só na minha futura profissão, mas também no dia-a-dia. Tem gente que reclama de alguns dos meus hábitos, mas eu não me importo. Aprendi o quanto é importante para a natureza demorar menos no banho, lavar a louça abrindo a torneira só para enxaguar, usar a folha de ofício dos dois lados, não comprar supérfluos, explicar para as pessoas que é preciso cuidar dos rios, não jogar lixo no chão, engarrafar e doar o óleo de cozinha que já foi usado. Acho que peguei o ritmo. Talvez até vício, pois tem horas que sou um tanto radical. Não falo só no fato de ter me tornado lactovegetariana e comer carne só se me enfiarem “goela a baixo”, mas como trato algumas imbecilidades que o ser humano pratica contra a natureza e contra ele mesmo. Talvez seja porque entendi de fato a dinâmica do meio ambiente. É como uma continha de matemática, se você trocar um sinalzinho o resultado acaba sendo errôneo no final. Na natureza é mais ou menos assim que acontece: se uma determinada espécie, mesmo que seja apenas um tipo de gramínea, desaparece do seu habitat, a cadeia alimentar do ecossistema se altera e pode gerar grande confusão para todo mundo.
Não admito que a crise ambiental se resuma a fenômenos climáticos extremos. Tem gente apoiando a guerra no Iraque e o custo que isso gera! Sem contar os famintos da África, que teve seus recursos naturais dizimados pelo imperialismo; os trabalhadores em regime de escravidão da China e a monocultura de espécies exóticas, que explora solos férteis e acaba com a diversidade! Tudo isso também é desequilíbrio e continuará sendo até que a última pessoa em sofrimento seja socorrida...
Com certeza não será eu quem resolverá tudo isso, mas a união de todos nós. Piegas? Não... Apenas repetição do ovo de Colombo que um dia algum humanista pensou, contudo certamente um caminho para manter a vida das futuras gerações, que nos guardarão com carinho por termos feito por elas o que seria impossível a nós: um planeta eterno.
terça-feira, 26 de fevereiro de 2008
sábado, 23 de fevereiro de 2008
O REFLEXO no espelho – PARTE I
Pessoas que me fazem forte
No post anterior escrevi que o espelho nos revela figuras ao contrário, ou seja, tudo o que não somos nos é revelado por esse objeto mágico que muito nos encanta. Na minha infância, a branca de neve tinha uma madrasta que sempre se olhava no espelho e repetia a pergunta: “Espelho, espelho meu, existe alguém mais bela do que eu?”. Na minha adolescência descobri o Espelho de Ojesed, capaz de revelar os desejos mais secretos de quem se põe diante dele, por conta da envolvente trama de Harry Potter, que me fez escrever minha primeira obra literária.
Hoje me coloco na frente do espelho novamente. Busco nele tudo aquilo que não sou e volto a mim enxergando tudo aquilo que consegui. Shakespeare diz que o importante mesmo não é o que se tem, mas QUEM se tem na vida. Por isso, hoje gostaria de pedir licença e dissertar sobre pessoas. Não aquelas que todos nós já ouvimos falar, como Gandhi ou Chaplin. Quero escrever sobre aqueles que convivem comigo e fazem parte da minha vida de verdade. Talvez muitos deles nem saibam bem porque estou fazendo isso, ou nem mesmo saibam que esse texto existe, mas gostaria de compartilhar o que penso sobre eles.
O primeiro lugar? Aqui é de todos.
Marina, minha florzinha. Tem quinze anos e uma inteligência grandiosa. Me salva de muitas enrrascadas e está sempre disposta a dar uma de “cupido”.
Bruno, o BuzZ! Guri inteligente, escreve textos ótimos, assim como o tio avô dele! Já me fez andar nas nuvens e hoje me faz arregalar os olhos diante de algumas decisões.
Camila, blogueira de plantão... Está sempre me fazendo repensar as coisas, principalmente na área ambiental!
Juliano, o porto-alegrense de Viamão, que me inspira e me traz as novidades da capital! Grande amigo... Qualquer dia a gente toma um café junto com os nossos ídolos (os vivos, não é?)
Mila, vizinha de Carazinho! Minha correspondente... é quase um monólogo em tempos de msn, mas um dia eu respondo as cartas dela!
Jéssica, Juliana, Sylvia, Bruna... Comigo elas formam o quinteto da faculdade! A turma que me levou pro fundão da sala de aula! Descobri nelas alguns dos meus reflexos favoritos.
Douglas, Gustavo, Antônio, Frodo, Diego... Meus escritores preferidos!
Janaína, desde sempre foi meu exemplo. Quando eu crescer, quero ser como ela!
Darlan, Débora, Tiago, Pe Moacir, André, Daniele, Daniele, Daiane, Marina, Giovanni, Tiago, Camila, Viviane, Diomar, Jéssica, Pablo, Bibiana, Debastiani, Luana, Alan, Mayara...meus amigos da juventude!
Gilian, meu primo (leia-se irmão mais velho)...
Franciele, minha parceira de caminhada, melhor amiga no ensino médio e confidente das boas horas.
Sem contar aqueles que me deixam saudades por não estarem por perto, essas e outras pessoas mostram-me, de alguma forma, que sou importante e que me são igualmente importantes. Por elas eu não preciso rasgar seda, não preciso buscar palavras que agradem, não preciso colocar minha melhor roupa nem fingir algum sentimento, pois tenho certeza que a sinceridade é o principal elo de ligação e é o que melhor se pode transmitir olhando no espelho dos olhos delas...
No post anterior escrevi que o espelho nos revela figuras ao contrário, ou seja, tudo o que não somos nos é revelado por esse objeto mágico que muito nos encanta. Na minha infância, a branca de neve tinha uma madrasta que sempre se olhava no espelho e repetia a pergunta: “Espelho, espelho meu, existe alguém mais bela do que eu?”. Na minha adolescência descobri o Espelho de Ojesed, capaz de revelar os desejos mais secretos de quem se põe diante dele, por conta da envolvente trama de Harry Potter, que me fez escrever minha primeira obra literária.
Hoje me coloco na frente do espelho novamente. Busco nele tudo aquilo que não sou e volto a mim enxergando tudo aquilo que consegui. Shakespeare diz que o importante mesmo não é o que se tem, mas QUEM se tem na vida. Por isso, hoje gostaria de pedir licença e dissertar sobre pessoas. Não aquelas que todos nós já ouvimos falar, como Gandhi ou Chaplin. Quero escrever sobre aqueles que convivem comigo e fazem parte da minha vida de verdade. Talvez muitos deles nem saibam bem porque estou fazendo isso, ou nem mesmo saibam que esse texto existe, mas gostaria de compartilhar o que penso sobre eles.
O primeiro lugar? Aqui é de todos.
Marina, minha florzinha. Tem quinze anos e uma inteligência grandiosa. Me salva de muitas enrrascadas e está sempre disposta a dar uma de “cupido”.
Bruno, o BuzZ! Guri inteligente, escreve textos ótimos, assim como o tio avô dele! Já me fez andar nas nuvens e hoje me faz arregalar os olhos diante de algumas decisões.
Camila, blogueira de plantão... Está sempre me fazendo repensar as coisas, principalmente na área ambiental!
Juliano, o porto-alegrense de Viamão, que me inspira e me traz as novidades da capital! Grande amigo... Qualquer dia a gente toma um café junto com os nossos ídolos (os vivos, não é?)
Mila, vizinha de Carazinho! Minha correspondente... é quase um monólogo em tempos de msn, mas um dia eu respondo as cartas dela!
Jéssica, Juliana, Sylvia, Bruna... Comigo elas formam o quinteto da faculdade! A turma que me levou pro fundão da sala de aula! Descobri nelas alguns dos meus reflexos favoritos.
Douglas, Gustavo, Antônio, Frodo, Diego... Meus escritores preferidos!
Janaína, desde sempre foi meu exemplo. Quando eu crescer, quero ser como ela!
Darlan, Débora, Tiago, Pe Moacir, André, Daniele, Daniele, Daiane, Marina, Giovanni, Tiago, Camila, Viviane, Diomar, Jéssica, Pablo, Bibiana, Debastiani, Luana, Alan, Mayara...meus amigos da juventude!
Gilian, meu primo (leia-se irmão mais velho)...
Franciele, minha parceira de caminhada, melhor amiga no ensino médio e confidente das boas horas.
Sem contar aqueles que me deixam saudades por não estarem por perto, essas e outras pessoas mostram-me, de alguma forma, que sou importante e que me são igualmente importantes. Por elas eu não preciso rasgar seda, não preciso buscar palavras que agradem, não preciso colocar minha melhor roupa nem fingir algum sentimento, pois tenho certeza que a sinceridade é o principal elo de ligação e é o que melhor se pode transmitir olhando no espelho dos olhos delas...
domingo, 17 de fevereiro de 2008
Eles
Hei, hei...
Hei, olha lá...
Acho que aquele cara tá seguindo a gente!
Hei, cara, vai mais rápido!
Eles tão seguindo a gente!
Eu sei que a gente não fez nada,
Mas eles tão seguindo a gente!
Entra pra lá!
Entra pra lá...*
Silencia o dia. A folha em branco de caderno velho ansia pelas minhas letras. Eu, egoísta, nada lhe posso oferecer além do vazio de não se ter inspiração e a angústia por alguns pingos de ritmo.
Silencia o dia e meu coração grita. Não sei o que está realmente acontecendo. A confusão às vezes me deixa tudo em branco. As canções somem; as lembranças dormem e o dia, silêncio. Entremeia a dúvida e o medo dessa sociedade que se espelha nos sonhos da geração de 70, todavia torna-se igual ao que ela obrigou-se a se transformar...
Estamos vivendo mais, porém envelhecendo mais rápido. Não do ponto de vista físico, mas sim do psicológico. Eu tinha 14 anos de idade quando brinquei de boneca pela última vez... Hoje tem menina engravidando com dez... Absurdo? Não sei... Já ouvi dizer que tem gente que desanda por falta de opção... Culpa? Já me culpei por isso, por aquilo, pela degradação emocional do planeta e pela erosão sentimental de algumas pessoas; Já culpei o sistema por essas e tantas outras... Mas não consigo encontrar a saída. É como se vivêssemos num labirinto sem saber onde o minotauro está, mas cientes de sua existência...
Estamos presos ao que escrevemos no perfil do orkut; ao jeito de se vestir; ao que comemos; ao que dizemos sem pensar; aos tantos rótulos que nos envolvem e fazem brilhar os olhos... Somos consumistas por que resolvemos inventar o espelho? NÃO... É porque eles nos fizeram acreditar no que ele reflete. O espelho é o nosso oposto... Nele tudo está ao contrário, alguém já percebeu isso? No entanto, muito ainda nos importa o que ele diz...
Estamos livres para escolher entre alternativas limitadas, entre uma ética urbana e derradeira, que nos mascara e permite duas caras... Livres, portanto, confundimos liberdade com libertinagem e poder com autoritarismo...
As espadas se erguem em fúria
E o sangue corre por seus ombros
E o teu olhar se esconde atrás de mim
Mas eu não posso te proteger
Pois estou tão fraco quanto você
A nossa juventude está ficando pra trás
Mas a morte não é capaz de nos separar
Pois o que vai viver são nossos ideais
E a nossa mensagem de amor
E o nosso grito de liberdade**
* Versos iniciais de “Bearder – Menino Blues”
** Versos finais de “Idade Média” – ambas da Legião Urbana
Hei, olha lá...
Acho que aquele cara tá seguindo a gente!
Hei, cara, vai mais rápido!
Eles tão seguindo a gente!
Eu sei que a gente não fez nada,
Mas eles tão seguindo a gente!
Entra pra lá!
Entra pra lá...*
Silencia o dia. A folha em branco de caderno velho ansia pelas minhas letras. Eu, egoísta, nada lhe posso oferecer além do vazio de não se ter inspiração e a angústia por alguns pingos de ritmo.
Silencia o dia e meu coração grita. Não sei o que está realmente acontecendo. A confusão às vezes me deixa tudo em branco. As canções somem; as lembranças dormem e o dia, silêncio. Entremeia a dúvida e o medo dessa sociedade que se espelha nos sonhos da geração de 70, todavia torna-se igual ao que ela obrigou-se a se transformar...
Estamos vivendo mais, porém envelhecendo mais rápido. Não do ponto de vista físico, mas sim do psicológico. Eu tinha 14 anos de idade quando brinquei de boneca pela última vez... Hoje tem menina engravidando com dez... Absurdo? Não sei... Já ouvi dizer que tem gente que desanda por falta de opção... Culpa? Já me culpei por isso, por aquilo, pela degradação emocional do planeta e pela erosão sentimental de algumas pessoas; Já culpei o sistema por essas e tantas outras... Mas não consigo encontrar a saída. É como se vivêssemos num labirinto sem saber onde o minotauro está, mas cientes de sua existência...
Estamos presos ao que escrevemos no perfil do orkut; ao jeito de se vestir; ao que comemos; ao que dizemos sem pensar; aos tantos rótulos que nos envolvem e fazem brilhar os olhos... Somos consumistas por que resolvemos inventar o espelho? NÃO... É porque eles nos fizeram acreditar no que ele reflete. O espelho é o nosso oposto... Nele tudo está ao contrário, alguém já percebeu isso? No entanto, muito ainda nos importa o que ele diz...
Estamos livres para escolher entre alternativas limitadas, entre uma ética urbana e derradeira, que nos mascara e permite duas caras... Livres, portanto, confundimos liberdade com libertinagem e poder com autoritarismo...
As espadas se erguem em fúria
E o sangue corre por seus ombros
E o teu olhar se esconde atrás de mim
Mas eu não posso te proteger
Pois estou tão fraco quanto você
A nossa juventude está ficando pra trás
Mas a morte não é capaz de nos separar
Pois o que vai viver são nossos ideais
E a nossa mensagem de amor
E o nosso grito de liberdade**
* Versos iniciais de “Bearder – Menino Blues”
** Versos finais de “Idade Média” – ambas da Legião Urbana
Assinar:
Postagens (Atom)