quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Arabescos da noite que não quer terminar

Eu poderia passar mais esta noite acordada, tentando encontrar nas minúcias dos meus passos os erros que cometi. Eu poderia perder o sono, buscando entender se o que faço é simplesmente o que dá pra fazer ou se é realmente o meu melhor, o meu ser integro e intrínseco.

Meus rascunhos revelam mais sobre mim do que a caneta tinteiro dos dias especiais...

Esta noite o meu presente é a inspiração prometida nas coisas em que eu botei “tamanha fé a ponto de transportar montanhas” e que deram errado. Eu olho as fotos no computador, eu escuto a música, rabisco... A vida passa assim como um filme e é como se nem minha ela fosse.

Eu poderia passar a noite pensando nas coisas que não aconteceram, nos arrependimentos e nos desejos contidos. Eu poderia...

Eu poderia continuar meus dias devaneando sobre as minhas saudades, sobre a saudade que sinto do meu futuro. Ora, eu o planejei tanto para virar isso?

Eu sonhei, eu imaginei e construí o meu caminho incerto sobre oportunidades dispersas. Fiz meus teatros, confeccionei a minha realidade sem perguntar se ela fazia parte da realidade do mundo ou se foi apenas uma ilusão.

Eu poderia não dormir e continuar imaginando você dizendo idiotices no meu ouvido, ou sentir arrepios só de ter certeza que você pensa em mim. Eu não dormiria se o meu devaneio trouxesse teu perfume p’ra mais perto dos meus sonhos, se eu ainda pudesse lembrar como é lhe ter por perto. Eu não dormiria se pudesse simplesmente lhe ouvir por telefone...

No entanto, não tenho mais sono. Penso em como você está, se conseguiu estudar como deveria, se deu pra sorrir, se não passou frio...Eu perco o sono por desejar boa sorte as nossas vidas, mesmo separadas. Eu perco o sono por lembrar que não existimos mais, que fomos separados pela distância e pela falta de algo raro, por falta de amor estou perdendo meu sono...

2 comentários:

Anônimo disse...

Meus rascunhos nem mais existem já que eu mesma sinto-me hoje uma cópia do que fui com desacertos inexplicáveis.Tudo o que é matéria,retorna de alguma forma,mas eu me perdi de mim em mim,e essa chave ao perder-se ....necessito de sol,quero olhar para o sol e iluminar idéias,respostas para a bagunça de minhas perdas que são tão minhas e só minhas....mas a liberdade que o outro afronta pode aprisionar meu conteúdo inexplicável pelo susto do abandono em que ficou meu pensar desordenado.Se há força em mim,sairei para saber se inda sei respirar o ar do lá fora,dos quintais,das ruas....compartilhar ar entre as pessoas.Edelweis Coronato.

Anônimo disse...

Edelweis Coronato não é um anônimo ou uma anônima é uma passoa real cujo nome é Edelweis Coronato,a tal que postou o outro comunicado onde apesar ter assinado consto como anômina.Venho pois reclamar o direito de dizer que sou pessoa registrada que não se importa de reconhecer o que é seu e dar a caraa bater!Edelweis Coronato.